SAVE AS (EXPOSIçãO COLETIVA) - ESTARREJA, PORTUGAL

“Guardar como...”, conjunto de duas palavras que se tornaram comuns no mundo ocidental devido à evolução tecnológica. Dispositivos tecnológicos que nos permitem armazenar dados quase de forma infinita, deste modo conseguimos expor, documentar e arquivar dados, quer de interesse pessoal, quer do interesse comum. De forma a entender o arquivo dentro de um contexto em que vivemos, Paulo Bernardino Bastos (2006) defende que com as novas tecnologias digitais, surgem cada vez mais projetos na Internet na procura de transformações desses locais, ajustados à velocidade contemporânea, na corrida por imagens interpretadas pela sociedade atual. Com o desenvolvimento tecnológico, o arquivo sofreu grandes alterações, isto porque provocou consideráveis formas de produção e de acesso à informação. Aplicações tecnológicas utilizados no nosso dia a dia em organizações, públicas e privadas, têm grande influência na gestão documental nos arquivos. As questões arquivistas estão relacionadas com a organização, conservação e acesso à informação e até à forma de como o material é arquivado, sendo ou não sustentável, para ser consultado no futuro. Na verdade, o arquivo tem vestígios do passado e isso confirma determinados acontecimentos históricos, mas não existe nenhuma fórmula que defina como esses acontecimentos têm de ser recordados. Uma admiração pelas práticas arquivísticas através da junção de todos os tipos de arquivos, sendo possível debater vários temas desde a criação à destruição, da crítica à reflexão e das práticas artísticas, colocando em causa a relação de poder com movimentos não institucionalizados de manutenção de objetos, obras, imagens e coleções. Este tema procura estimular o debate sobre a forma de explorar e mapear as relações entre o arquivo e a produção artística na arte contemporânea, porque tem capacidade de intervir na estética e na política, devido ao seu forte repositório com o passado.

Os pesquisadores do PhotoGraphein, Guilherme Sirtoli e Gustavo Reginato, juntamente com a coordenadora do grupo, Cláudia Brandão, participam da exposição coletiva "Save As", uma exposição em parceria com a Câmara Municipal de Estarreja e a Estação, espaço cultural situado em Canelas, distrito de Aveiro - Portugal. A exposição coletiva acontece de 14 de Novembro a 31 de Janeiro na Casa Municipal da Cultura de Estarreja e na Estação - Espaço de Intervenção Artística. A visitação da exposição ocorre de forma controlada, obedecendo as ordens de controle por conta da situação pandêmica.

Artistas participantes: Ana Sousa Santos; Dedéia Rocha; Cláudia Mariza Mattos Brandão; Eamon Foreman; Georgina Kapralou; Eric Costa; Ludmila Queirós; Márcia Correia; Guilherme Sirtoli; Gustavo Reginato; Mário Afonso; Rita Castanheira; Tiago Filipe Cravo Margaca; Ober Oter; Veera Rustomji; Juliana Cunha; Isabel Pinto;

Guilherme Sirtoli e Cláudia Brandão apresentam juntos a obra audiovisual "Premissas do Tempo". Com vistas a promover um olhar crítico, pela via da estética e da arte, sobre a vida contemporânea em sociedade, os artistas propõem uma reflexão acerca de questões relativas ao Tempo. A obra pode ser conferida na íntegra: https://www.youtube.com/watch?v=NnHwP...