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(CANCELADO) FLUXOS NOS ESPAÇOS EM TEMPOS PANDÊMICOS | CLÁUDIA BRANDÃO; CLÁUDIO AZEVEDO; DHARA CARRARA
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Livro de Artista "Fluxos nos Espaços em Tempos Pandêmicos – CANCELADA” apresentado como Obra Coletiva na exposição Arquipélago, na Galeria Espaço Incomum, no centro de Convivência da FURG, Campus Carreiros, Rio Grande (RS). “A exposição Arquipélago exibe a produção recente de artistas dos cursos de Artes Visuais (bacharelado e licenciatura) da FURG. Pensar a constituição de um arquipélago é uma analogia para compreendermos a relação de autonomia entre os artistas, os coletivos e simultaneamente entendermos estes como parte de uma configuração comum mesmo na diferença. Diferença esta que se apresenta na forma em que a exposição se organiza: artistas-professores/as, artistas-egressos e artistas-estudantes convidades, formaram pequenos conjuntos de obras a partir de diferentes trajetórias,práticas e proposições. Obras que surgem dos projetos e grupos de pesquisa ligados aos cursos, ou dos diálogos e trocas que experimentamos na convivência.
Arquipélago é uma metáfora para a compreensão da arte contemporânea e a multiplicidade de suas manifestações. Igualmente, de um ser que não é único e estável, mas fraturado, múltiplo, em um tempo de anacronismos em que discursos puristas, essencialistas e unitários se esfacelam frente multiplicidade de uma sociedade constituída pela diversidade e a diferença. A arte praticada aqui, no sul do Brasil, busca proporcionar motivos para seguir transformando nossas vidas”.
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Livro de Artista "Fluxos nos Espaços em Tempos Pandêmicos – CANCELADA” apresentado como Obra Coletiva na exposição Arquipélago, na Galeria Espaço Incomum, no centro de Convivência da FURG, Campus Carreiros, Rio Grande (RS). “A exposição Arquipélago exibe a produção recente de artistas dos cursos de Artes Visuais (bacharelado e licenciatura) da FURG. Pensar a constituição de um arquipélago é uma analogia para compreendermos a relação de autonomia entre os artistas, os coletivos e simultaneamente entendermos estes como parte de uma configuração comum mesmo na diferença. Diferença esta que se apresenta na forma em que a exposição se organiza: artistas-professores/as, artistas-egressos e artistas-estudantes convidades, formaram pequenos conjuntos de obras a partir de diferentes trajetórias,práticas e proposições. Obras que surgem dos projetos e grupos de pesquisa ligados aos cursos, ou dos diálogos e trocas que experimentamos na convivência. Arquipélago é uma metáfora para a compreensão da arte contemporânea e a multiplicidade de suas manifestações. Igualmente, de um ser que não é único e estável, mas fraturado, múltiplo, em um tempo de anacronismos em que discursos puristas, essencialistas e unitários se esfacelam frente multiplicidade de uma sociedade constituída pela diversidade e a diferença. A arte praticada aqui, no sul do Brasil, busca proporcionar motivos para seguir transformando nossas vidas”.
ARTEIROS DO COTIDIANO: ENSINO, PESQUISA E EXTENSãO NA FORMAçãO DOCENTE | Cláudia M.M. Brandão e Suélen Silva da Silveira
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PREFÁCIO de Cláudia Mariza Mattos Brandão
Ao iniciar as minhas práticas docentes no curso de Artes Visuais – Licenciatura, no Centro de Artes (Universidade Federal de Pelotas), em 2010, eu assumi a regência das disciplinas de Artes Visuais na Educação II e III, cujos conteúdos contemplam as possibilidades metodológicas do ensino de Artes Visuais na Educação Básica. Sendo assim, estabeleci como objetivo para as minhas práticas docentes a busca pelo desenvolvimento de uma aprendizagem no contexto da participação socialmente ativa, experimentando o mundo de forma significativa, e interpretando os fatos cotidianos articulados aos conteúdos disciplinares. A motivação era a vivência de uma formação pela investigação e reflexão sobre a ação, cujas estratégias se sustentassem na pesquisa, teórica e estética, de modo que no processo se ampliasse o sentido de grupo e as capacidades de sistematização da ação e do pensamento.
E assim, com base em tais ideias, surgiu o projeto de extensão Arteiros do Cotidiano, também em 2010, como uma complementação às atividades presenciais das duas disciplinas. O projeto foi elaborado visando estimular a relação dos acadêmicos com a realidade escolar do município de Pelotas, privilegiando processos (auto)formadores. O seu objetivo geral é o de criar um espaço de formação teórico/prática, aos acadêmicos, com vistas ao desenvolvimento de práticas pedagógicas fundamentadas no contato direto com a realidade, também motivando estudantes do ensino fundamental a expressarem e representarem ideias, conceitos, emoções e sensações por meio de poéticas individuais e coletivas. O enfoque na extensão universitária, que possibilita o contato direto dos acadêmicos com os problemas reais e cotidianos, permite discussões facilitadoras da construção de um conhecimento teórico-prático em consonância com a realidade, enriquecendo as discussões desenvolvidas nas duas disciplinas.
Este livro reúne um conjunto de reflexões e relatos de experiências dos acadêmicos que executaram o projeto no ano de 2015. Buscamos com ele apresentar/problematizar os temas que motivaram as atividades, com o intuito de contribuir para as discussões acerca do ensino contemporâneo de Artes Visuais através das reverberações de nossas ações.
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PREFÁCIO de Cláudia Mariza Mattos Brandão Ao iniciar as minhas práticas docentes no curso de Artes Visuais – Licenciatura, no Centro de Artes (Universidade Federal de Pelotas), em 2010, eu assumi a regência das disciplinas de Artes Visuais na Educação II e III, cujos conteúdos contemplam as possibilidades metodológicas do ensino de Artes Visuais na Educação Básica. Sendo assim, estabeleci como objetivo para as minhas práticas docentes a busca pelo desenvolvimento de uma aprendizagem no contexto da participação socialmente ativa, experimentando o mundo de forma significativa, e interpretando os fatos cotidianos articulados aos conteúdos disciplinares. A motivação era a vivência de uma formação pela investigação e reflexão sobre a ação, cujas estratégias se sustentassem na pesquisa, teórica e estética, de modo que no processo se ampliasse o sentido de grupo e as capacidades de sistematização da ação e do pensamento. E assim, com base em tais ideias, surgiu o projeto de extensão Arteiros do Cotidiano, também em 2010, como uma complementação às atividades presenciais das duas disciplinas. O projeto foi elaborado visando estimular a relação dos acadêmicos com a realidade escolar do município de Pelotas, privilegiando processos (auto)formadores. O seu objetivo geral é o de criar um espaço de formação teórico/prática, aos acadêmicos, com vistas ao desenvolvimento de práticas pedagógicas fundamentadas no contato direto com a realidade, também motivando estudantes do ensino fundamental a expressarem e representarem ideias, conceitos, emoções e sensações por meio de poéticas individuais e coletivas. O enfoque na extensão universitária, que possibilita o contato direto dos acadêmicos com os problemas reais e cotidianos, permite discussões facilitadoras da construção de um conhecimento teórico-prático em consonância com a realidade, enriquecendo as discussões desenvolvidas nas duas disciplinas. Este livro reúne um conjunto de reflexões e relatos de experiências dos acadêmicos que executaram o projeto no ano de 2015. Buscamos com ele apresentar/problematizar os temas que motivaram as atividades, com o intuito de contribuir para as discussões acerca do ensino contemporâneo de Artes Visuais através das reverberações de nossas ações.
ARTEIROS DO COTIDIANO: ENSINO, PESQUISA E EXTENSãO NA FORMAçãO DOCENTE VOL. II | Cláudia M.M. Brandão; Lucas Machado Campos
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Prefácio de Cláudia M.M. Brandão
O cenário da educação contemporânea brasileira foi sacudido no ano de 2015. Refiro-me à reação, até então inédita, de estudantes secundaristas frente à proposta do Governo do Estado de São Paulo, de reorganização da rede pública de ensino. Isso implicaria no fechamento de aproximadamente 100 unidades escolares, resultando na transferência de milhares de pessoas. Mas os estudantes e militantes do movimento secundarista não deixaram isso passar sem reagir, e eles assumiram o controle da situação com a Ocupação dessas escolas, espaços esses que, embora de convivência cotidiana, não conseguiam estabelecer vínculos de pertencimento […] Em 2016, inspirados nas iniciativas paulistas, os movimentos de OCUPAÇÃO de escolas de ensino fundamental e médio por grupos de estudantes dominaram novamente os noticiários nacionais.
[…]
E para nós, envolvidos no projeto ARTEIROS DO COTIDIANO, ficou claro que frequentar as ocupações é aprender com os estudantes que nem tudo pode ser entregue sem resistência.
Quando começamos as atividades a situação na escola Felix da Cunha era normal, entretanto, logo tudo mudou e a escola foi ocupada por seus estudantes. Tínhamos dois caminhos a seguir: desistir, ou persistir mesmo na adversidade, e foi esse o escolhido!
[…]
O projeto de extensão Arteiros do Cotidiano (Centro de Artes/UFPel) iniciou as suas atividades em 2010, como uma complementação às atividades presenciais das disciplinas Artes Visuais na Educação II e III. Ele foi elaborado visando estimular a relação dos acadêmicos com a realidade escolar do município de Pelotas, privilegiando processos (auto)formadores. O seu objetivo geral é o de criar um espaço de formação teórico/prático, aos acadêmicos, com vistas ao desenvolvimento de práticas pedagógicas fundamentadas no contato direto com a realidade, motivando estudantes do ensino fundamental a expressarem e representarem ideias, conceitos, emoções e sensações por meio de poéticas individuais e coletivas.
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Prefácio de Cláudia M.M. Brandão O cenário da educação contemporânea brasileira foi sacudido no ano de 2015. Refiro-me à reação, até então inédita, de estudantes secundaristas frente à proposta do Governo do Estado de São Paulo, de reorganização da rede pública de ensino. Isso implicaria no fechamento de aproximadamente 100 unidades escolares, resultando na transferência de milhares de pessoas. Mas os estudantes e militantes do movimento secundarista não deixaram isso passar sem reagir, e eles assumiram o controle da situação com a Ocupação dessas escolas, espaços esses que, embora de convivência cotidiana, não conseguiam estabelecer vínculos de pertencimento […] Em 2016, inspirados nas iniciativas paulistas, os movimentos de OCUPAÇÃO de escolas de ensino fundamental e médio por grupos de estudantes dominaram novamente os noticiários nacionais. […] E para nós, envolvidos no projeto ARTEIROS DO COTIDIANO, ficou claro que frequentar as ocupações é aprender com os estudantes que nem tudo pode ser entregue sem resistência. Quando começamos as atividades a situação na escola Felix da Cunha era normal, entretanto, logo tudo mudou e a escola foi ocupada por seus estudantes. Tínhamos dois caminhos a seguir: desistir, ou persistir mesmo na adversidade, e foi esse o escolhido! […] O projeto de extensão Arteiros do Cotidiano (Centro de Artes/UFPel) iniciou as suas atividades em 2010, como uma complementação às atividades presenciais das disciplinas Artes Visuais na Educação II e III. Ele foi elaborado visando estimular a relação dos acadêmicos com a realidade escolar do município de Pelotas, privilegiando processos (auto)formadores. O seu objetivo geral é o de criar um espaço de formação teórico/prático, aos acadêmicos, com vistas ao desenvolvimento de práticas pedagógicas fundamentadas no contato direto com a realidade, motivando estudantes do ensino fundamental a expressarem e representarem ideias, conceitos, emoções e sensações por meio de poéticas individuais e coletivas.
ARTEIROS DO COTIDIANO: ENSINO, PESQUISA E EXTENSãO NA FORMAçãO DOCENTE. VOL. III | Cláudia M M Brandão; Dhara F Carrara
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Num período imediatamente posterior ao término das atividades do projeto de extensão ARTEIROS DO COTIDIANO – 20172 , sobre o qual decorre o conteúdo deste livro, aconteceu um fato que abalou o mundo das Artes. Trata-se da censura e o consequente fechamento da exposição “QUEERMUSEU: Cartografias da Diferença na Arte Brasileira” (FARAH, 2017), no dia 10 de setembro de 2017, exibida no Santander Cultural, em Porto Alegre (RS). Isso se deu após muitas críticas de correntes religiosas e do Movimento Brasil Livre (MBL), e intensas movimentações através das redes sociais, criticando severamente algumas das obras apresentadas. Obras essas, descontextualizadas, alvo de justificativas preconceituosas e genéricas de pedofilia, zoofilia e pornografia. […]
Tudo isso veio na esteira da sanção presidencial da Reforma do Ensino Médio, em 2 de fevereiro de 2017, proposta através de Medida Provisória (MPV 746/2016)3, que fragilizou a presença e o desempenho da disciplina de Artes nos currículos escolares, para dizer o mínimo. E que na Universidade Federal de Pelotas motivou uma greve geral, a partir de outubro de 2016, que perdurou por 56 dias. Ou seja, presenciávamos então, o início de acontecimentos que identificavam comportamentos conservadores, refratários aos discursos plurais característicos das manifestações artísticas contemporâneas, e que perduram até hoje.
Desde a década de 1970, Paulo Freire alertava para o fato de que os elementos constitutivos da realidade brasileira: a situação de uma sociedade ainda em transição, a persistência de uma mentalidade não crítica e a inexperiência democrática, demonstravam que o país deveria buscar a democratização da cultura, como marco geral de uma democratização fundamental. Passados quase cinquenta anos, o país ainda se apresenta como uma sociedade em abertura, na busca por um diálogo autêntico entre os homens, entre as categorias e os grupos sociais, e continua sofrendo com medidas que diminuem tais possibilidades. Censurar obras de arte é o mesmo que calar discursos! E uma sociedade plural se constrói com base na troca dialógica, na pluralidade do pensamento e na convivência pacífica e respeitosa entre as diferenças. […]
E para criarmos espaços de convivência, plurais e criativos, as atividades do ARTEIROS DO COTIDIANO, em 2017, buscaram problematizar questões relativas a Espaço e Identidade, visto que discussões versando sobre esses temas podem provocar reflexões que superam a obviedade das aparências. Consideramos que assumir a convivência num mundo globalizado pelas novas tecnologias, caracterizado pelo desaparecimento das referências culturais e pela crise das referências éticas e estéticas, era/é fundamental! E tal realidade exige o desenvolvimento de práticas educacionais que reforcem as estruturas culturais e humanísticas, que nos conduzam a refletir criticamente sobre o passado histórico e a avaliar o vivido/cotidiano, para que dessa conjunção surjam alternativas, baseadas no hibridismo cultural característico da sociedade brasileira.
Como é possível verificar através deste breve relato, os anos de 2016 e 2017 são representativos de movimentações no âmbito da Educação e da Arte, reafirmando a necessidade de posturas pedagógicas comprometidas com uma realidade social e política convulsionada, que, contra a nossa vontade, permanece. Assim, apresenta-se, para os comprometidos com uma educação de qualidade, o desafio de cultivarmos as diferenças num mundo globalizado, estimulando o desenvolvimento de processos contra a fragmentação e a alienação do pensamento. Nesse caminho a Cultura e a Arte são fatores essenciais para a aproximação entre os indivíduos e a transformação das relações sociais.
Alicerçados por tal entendimento, os acadêmicos da disciplina Artes Visuais na Educação III, uma disciplina de pré-estágio do curso de Artes Visuais – Licenciatura (CA, UFPel), planejaram as suas atividades, e agora, através deste livro, analisam e discutem os resultados alcançados. Tenho certeza que o contato direto com os problemas reais e cotidianos estimulou discussões facilitadoras da construção de um conhecimento teórico e prático em consonância com a realidade. E sendo assim, as práticas desenvolvidas contribuíram para a promoção da cidadania, o desenvolvimento da auto-organização e a autonomia dos envolvidos. […]
Sendo assim, entendemos que o binômio Cultura e Arte é um recurso determinante na estruturação de referências, fundamentando a formação de sujeitos críticos e reflexivos. Ele possibilita, acima de tudo, a compreensão da Educação a partir de suas múltiplas dimensões: a humana, a social, a política e a histórica, dentre outras. E são os resultados de nosso trabalho em prol dessa combinação (trans)formadora que vocês encontrarão nas próximas páginas.
Desejamos a tod@s uma ótima leitura, esperando que nossas reflexões estimulem novos pensamentos e metodologias!
Cláudia Mariza Mattos Brandão – Professora Adjunta do curso Artes Visuais – Licenciatura, do Centro de Artes, da Universidade Federal de Pelotas (RS), doutora em Educação. Líder do PhotoGraphein – Núcleo de Pesquisa em Fotografia e Educação (UFPel/CNPq). attos@vetorial.net.
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Num período imediatamente posterior ao término das atividades do projeto de extensão ARTEIROS DO COTIDIANO – 20172 , sobre o qual decorre o conteúdo deste livro, aconteceu um fato que abalou o mundo das Artes. Trata-se da censura e o consequente fechamento da exposição “QUEERMUSEU: Cartografias da Diferença na Arte Brasileira” (FARAH, 2017), no dia 10 de setembro de 2017, exibida no Santander Cultural, em Porto Alegre (RS). Isso se deu após muitas críticas de correntes religiosas e do Movimento Brasil Livre (MBL), e intensas movimentações através das redes sociais, criticando severamente algumas das obras apresentadas. Obras essas, descontextualizadas, alvo de justificativas preconceituosas e genéricas de pedofilia, zoofilia e pornografia. […] Tudo isso veio na esteira da sanção presidencial da Reforma do Ensino Médio, em 2 de fevereiro de 2017, proposta através de Medida Provisória (MPV 746/2016)3, que fragilizou a presença e o desempenho da disciplina de Artes nos currículos escolares, para dizer o mínimo. E que na Universidade Federal de Pelotas motivou uma greve geral, a partir de outubro de 2016, que perdurou por 56 dias. Ou seja, presenciávamos então, o início de acontecimentos que identificavam comportamentos conservadores, refratários aos discursos plurais característicos das manifestações artísticas contemporâneas, e que perduram até hoje. Desde a década de 1970, Paulo Freire alertava para o fato de que os elementos constitutivos da realidade brasileira: a situação de uma sociedade ainda em transição, a persistência de uma mentalidade não crítica e a inexperiência democrática, demonstravam que o país deveria buscar a democratização da cultura, como marco geral de uma democratização fundamental. Passados quase cinquenta anos, o país ainda se apresenta como uma sociedade em abertura, na busca por um diálogo autêntico entre os homens, entre as categorias e os grupos sociais, e continua sofrendo com medidas que diminuem tais possibilidades. Censurar obras de arte é o mesmo que calar discursos! E uma sociedade plural se constrói com base na troca dialógica, na pluralidade do pensamento e na convivência pacífica e respeitosa entre as diferenças. […] E para criarmos espaços de convivência, plurais e criativos, as atividades do ARTEIROS DO COTIDIANO, em 2017, buscaram problematizar questões relativas a Espaço e Identidade, visto que discussões versando sobre esses temas podem provocar reflexões que superam a obviedade das aparências. Consideramos que assumir a convivência num mundo globalizado pelas novas tecnologias, caracterizado pelo desaparecimento das referências culturais e pela crise das referências éticas e estéticas, era/é fundamental! E tal realidade exige o desenvolvimento de práticas educacionais que reforcem as estruturas culturais e humanísticas, que nos conduzam a refletir criticamente sobre o passado histórico e a avaliar o vivido/cotidiano, para que dessa conjunção surjam alternativas, baseadas no hibridismo cultural característico da sociedade brasileira. Como é possível verificar através deste breve relato, os anos de 2016 e 2017 são representativos de movimentações no âmbito da Educação e da Arte, reafirmando a necessidade de posturas pedagógicas comprometidas com uma realidade social e política convulsionada, que, contra a nossa vontade, permanece. Assim, apresenta-se, para os comprometidos com uma educação de qualidade, o desafio de cultivarmos as diferenças num mundo globalizado, estimulando o desenvolvimento de processos contra a fragmentação e a alienação do pensamento. Nesse caminho a Cultura e a Arte são fatores essenciais para a aproximação entre os indivíduos e a transformação das relações sociais. Alicerçados por tal entendimento, os acadêmicos da disciplina Artes Visuais na Educação III, uma disciplina de pré-estágio do curso de Artes Visuais – Licenciatura (CA, UFPel), planejaram as suas atividades, e agora, através deste livro, analisam e discutem os resultados alcançados. Tenho certeza que o contato direto com os problemas reais e cotidianos estimulou discussões facilitadoras da construção de um conhecimento teórico e prático em consonância com a realidade. E sendo assim, as práticas desenvolvidas contribuíram para a promoção da cidadania, o desenvolvimento da auto-organização e a autonomia dos envolvidos. […] Sendo assim, entendemos que o binômio Cultura e Arte é um recurso determinante na estruturação de referências, fundamentando a formação de sujeitos críticos e reflexivos. Ele possibilita, acima de tudo, a compreensão da Educação a partir de suas múltiplas dimensões: a humana, a social, a política e a histórica, dentre outras. E são os resultados de nosso trabalho em prol dessa combinação (trans)formadora que vocês encontrarão nas próximas páginas. Desejamos a tod@s uma ótima leitura, esperando que nossas reflexões estimulem novos pensamentos e metodologias! Cláudia Mariza Mattos Brandão – Professora Adjunta do curso Artes Visuais – Licenciatura, do Centro de Artes, da Universidade Federal de Pelotas (RS), doutora em Educação. Líder do PhotoGraphein – Núcleo de Pesquisa em Fotografia e Educação (UFPel/CNPq). attos@vetorial.net.
FOTOGRAFIA COM PIPOCA: DISCUSSõES INTERDISCIPLINARES SOBRE IMAGEM | Cláudia M.M. Brandão; DHARA F. N. CARRARA
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Este livro resulta de discussões desenvolvidas durante as ações do projeto de extensão Fotografia com Pipoca, uma proposta conduzida pela equipe do PhotoGraphein – Núcleo de Pesquisa em Fotografia e Educação (UFPel/CNPq) aberta à comunidade em geral, e vinculada ao projeto de pesquisa DO PINCEL AO PIXEL. Através da exibição de filmes e a realização de rodas de conversas, buscamos ampliar as discussões acerca da imagem e suas (re)apresentações de sujeitos/mundo na contemporaneidade.
Consideramos fundamental compartilhar com tod@s os estudos que desenvolvemos no PhotoGraphein, e que mobilizam as nossas pesquisas. Sendo assim, decidimos fazer tal aproximação através de ações extensionistas, convidando nossos colaboradores a escolherem um filme para exibição e posterior debate. Durante as atividades, que iniciaram em 2016 e permanecem, já ocupamos o Auditório 1, do Centro de Artes, o Cinema da Universidade Federal de Pelotas, e neste ano os encontros aconteceram no Auditório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, da UFPel. Não posso deixar de citar, a parceria que estabelecemos com o Cine Dunas, o cinema de calçada do Balneário Cassino (Rio Grande, RS), símbolo de resistência dos amantes da sétima arte, o que possibilitou duas edições do projeto no Cassino, em 2017.
A ideia desta publicação se fundamenta na possibilidade de ampliar o alcance das discussões interdisciplinares desenvolvidas, que nos ajudaram no processo de compreensão e sistematização dos conhecimentos sobre a produção e circulação de Imagens na contemporaneidade. E isso é significativo, na medida em que percebemos a maciça presença de imagens no cotidiano dos espaços de circulação comunitária. […]
Cláudia Mariza Mattos Brandão
Líder do PhotoGraphein: Núcleo de Pesquisa em Fotografia e Educação (UFPEL/CNPq)
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Este livro resulta de discussões desenvolvidas durante as ações do projeto de extensão Fotografia com Pipoca, uma proposta conduzida pela equipe do PhotoGraphein – Núcleo de Pesquisa em Fotografia e Educação (UFPel/CNPq) aberta à comunidade em geral, e vinculada ao projeto de pesquisa DO PINCEL AO PIXEL. Através da exibição de filmes e a realização de rodas de conversas, buscamos ampliar as discussões acerca da imagem e suas (re)apresentações de sujeitos/mundo na contemporaneidade. Consideramos fundamental compartilhar com tod@s os estudos que desenvolvemos no PhotoGraphein, e que mobilizam as nossas pesquisas. Sendo assim, decidimos fazer tal aproximação através de ações extensionistas, convidando nossos colaboradores a escolherem um filme para exibição e posterior debate. Durante as atividades, que iniciaram em 2016 e permanecem, já ocupamos o Auditório 1, do Centro de Artes, o Cinema da Universidade Federal de Pelotas, e neste ano os encontros aconteceram no Auditório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, da UFPel. Não posso deixar de citar, a parceria que estabelecemos com o Cine Dunas, o cinema de calçada do Balneário Cassino (Rio Grande, RS), símbolo de resistência dos amantes da sétima arte, o que possibilitou duas edições do projeto no Cassino, em 2017. A ideia desta publicação se fundamenta na possibilidade de ampliar o alcance das discussões interdisciplinares desenvolvidas, que nos ajudaram no processo de compreensão e sistematização dos conhecimentos sobre a produção e circulação de Imagens na contemporaneidade. E isso é significativo, na medida em que percebemos a maciça presença de imagens no cotidiano dos espaços de circulação comunitária. […] Cláudia Mariza Mattos Brandão Líder do PhotoGraphein: Núcleo de Pesquisa em Fotografia e Educação (UFPEL/CNPq)
PHOTOGRAPHEIN NA FRONTEIRA BR-UY | Cláudia M. M. Brandão e Gustavo Reginato
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BRANDÃO, Cláudia Mariza Mattos; REGINATO, Gustavo (organizadores)
PhotoGraphein na Fronteira: Brasil – Uruguay /
Cláudia Mariza Mattos Brandão; Gustavo Reginato (org.)
1ªed. Florianópolis; Editora Caseira, 2017.
E-book
ISBN 978-85-68923-34-4
1. E-book 2. Publicação de Artista 3. Fotografia 4. Fronteira
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BRANDÃO, Cláudia Mariza Mattos; REGINATO, Gustavo (organizadores) PhotoGraphein na Fronteira: Brasil – Uruguay / Cláudia Mariza Mattos Brandão; Gustavo Reginato (org.) 1ªed. Florianópolis; Editora Caseira, 2017. E-book ISBN 978-85-68923-34-4 1. E-book 2. Publicação de Artista 3. Fotografia 4. Fronteira
PRODUçãO CULTURAL E FOTOGRAFIA | Sandro Mendes, Cláudia Brandão, Cláudio Azevedo M
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Visão introdutória sobre o produtor cultural.
Relato do projeto Produção Cultural e Fotografiado grupo
PET PPC.
Textos dos trabalhos apresentados no Colóquio de Fotografia.
Imagens de Cláudio Tarouco de Azevedo das obras da expo-
sição Fluxos nos espaços em tempos pandêmicos e da Galeria
Intercultural Magliani (GIM/Unipampa).
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Visão introdutória sobre o produtor cultural. Relato do projeto Produção Cultural e Fotografiado grupo PET PPC. Textos dos trabalhos apresentados no Colóquio de Fotografia. Imagens de Cláudio Tarouco de Azevedo das obras da expo- sição Fluxos nos espaços em tempos pandêmicos e da Galeria Intercultural Magliani (GIM/Unipampa).
SOB O SIGNO DA CEGUEIRA: FOTO-GRAPHANDO O COTIDIANO | Cláudia brandão; elisabeth SCHMIDT; TEREZA LENZI
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SOB O SIGNO DA CEGUEIRA reúne oito artigos da lavra de pesquisador@s do PhotoGraphein, com prefácio escrito pela Profª Lúcia Maria Peres (FaE/UFPel). Os textos problematizam questões referentes às vivências contemporâneas a partir de imagens fotográficas, e relacionam-se à discussão proposta por José Saramago em “Ensaio sobre a Cegueira”. O potencial narrativo da produção fotográfica do grupo se revela nos ensaios que pretendem inquietar e ampliar processos perceptivos sobre o cotidiano contemporâneo, (com)partilhando com os leitores o prazer e o saber que a pesquisa gera.
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SOB O SIGNO DA CEGUEIRA reúne oito artigos da lavra de pesquisador@s do PhotoGraphein, com prefácio escrito pela Profª Lúcia Maria Peres (FaE/UFPel). Os textos problematizam questões referentes às vivências contemporâneas a partir de imagens fotográficas, e relacionam-se à discussão proposta por José Saramago em “Ensaio sobre a Cegueira”. O potencial narrativo da produção fotográfica do grupo se revela nos ensaios que pretendem inquietar e ampliar processos perceptivos sobre o cotidiano contemporâneo, (com)partilhando com os leitores o prazer e o saber que a pesquisa gera.
VIVER NO PORTO E TER UM PORTO EM SUA VIDA | Cláudia M.M. Brandão; Dhara F. Carrara; Ítalo F. Costa
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O Porto fluvio-lacustre do município de Pelotas (RS), localizado às margens da Laguna dos Patos, desde a crescente incrementação de suas atividades comercias nos últimos anos tem sido motivo de controversas discussões, principalmente, por parte dos moradores e frequentadores do bairro Porto.
Sob um ponto de vista, o Porto de Pelotas pode ser importante para o desenvolvimento econômico da metade sul do estado do Rio Grande do Sul, tanto no que tange a geração de trabalho e renda, assim como a diminuição dos custos logísticos das empresas exportadoras e importadoras da região. Entretanto, sob outro enfoque, não menos relevante, tais atividades portuárias podem ter um impacto negativo para a qualidade de vida do bairro do Porto, para as rotinas de seus habitantes e para o seu patrimônio histórico, visto que esse é um dos bairros mais antigos e tradicionais da cidade. […]
Assim entendendo, durante a Semana Acadêmica das Artes Visuais, do Centro de Artes (UFPel), em novembro de 2017, propomos o desenvolvimento da atividade “Viver no Porto e ter um Porto em sua vida – Discussões sobre Livro de Artista”, tendo como mediadores pesquisadores do PhotoGraphein – Núcleo de Pesquisa em Fotografia e Educação (UFPel/CNPq): eu, professora Cláudia Mariza Mattos Brandão, e os acadêmicos Dhara Fernanda Nunes Carrara e Ítalo Franco Costa. Isso envolveu a realização de atividades teóricas e práticas sobre o Livro de Artista como recurso para o desenvolvimento e divulgação de reflexões críticas sobre o cotidiano.
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O Porto fluvio-lacustre do município de Pelotas (RS), localizado às margens da Laguna dos Patos, desde a crescente incrementação de suas atividades comercias nos últimos anos tem sido motivo de controversas discussões, principalmente, por parte dos moradores e frequentadores do bairro Porto. Sob um ponto de vista, o Porto de Pelotas pode ser importante para o desenvolvimento econômico da metade sul do estado do Rio Grande do Sul, tanto no que tange a geração de trabalho e renda, assim como a diminuição dos custos logísticos das empresas exportadoras e importadoras da região. Entretanto, sob outro enfoque, não menos relevante, tais atividades portuárias podem ter um impacto negativo para a qualidade de vida do bairro do Porto, para as rotinas de seus habitantes e para o seu patrimônio histórico, visto que esse é um dos bairros mais antigos e tradicionais da cidade. […] Assim entendendo, durante a Semana Acadêmica das Artes Visuais, do Centro de Artes (UFPel), em novembro de 2017, propomos o desenvolvimento da atividade “Viver no Porto e ter um Porto em sua vida – Discussões sobre Livro de Artista”, tendo como mediadores pesquisadores do PhotoGraphein – Núcleo de Pesquisa em Fotografia e Educação (UFPel/CNPq): eu, professora Cláudia Mariza Mattos Brandão, e os acadêmicos Dhara Fernanda Nunes Carrara e Ítalo Franco Costa. Isso envolveu a realização de atividades teóricas e práticas sobre o Livro de Artista como recurso para o desenvolvimento e divulgação de reflexões críticas sobre o cotidiano.